05/10/2020

RMC sinaliza continuidade da recuperação do emprego

Quase todos os municípios tiveram saldos positivos na geração de empregos; com 1,8 mil postos criados

O saldo de empregos na Região Metropolitana de Campinas (RMC), de acordo com o informativo periódico divulgado pelo Observatório PUC-Campinas, foi positivo em 6.211 vagas. Os números, favoráveis pelo segundo mês consecutivo, sinalizam continuidade da recuperação dos empregos na região, que sofreram forte impacto devido à crise do coronavírus. No acumulado do ano, 25,9 mil postos de trabalho foram perdidos como consequência da pandemia.

De acordo com a análise da economista Eliane Rosandiski, realizada a partir dos dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, quase todos os municípios que compõem a RMC apresentaram saldos positivos expressivos na criação de vagas de trabalho. Campinas, após cinco meses de déficit, gerou 1.838 novos postos. Outros destaques foram Paulínia (778), Nova Odessa (479), Indaiatuba (446), Hortolândia (354) e Sumaré (347).

Dos setores de atividade, aquele que mais ofertou oportunidades foi o segmento de serviços de informação e comunicação; e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Foram 2.573 postos de trabalhos criados no período. A Indústria de Transformação, essencial à dinâmica e sustentabilidade dos empregos, gerou saldo positivo de 1.992 vagas. Seguindo numa trajetória de recuperação, o Comércio permitiu a entrada de 1.481 pessoas no mercado formal da região. Por outro lado, as atividades de alojamento e alimentação continuam perdendo vagas com intensidade na RMC.

Os ajustes no mercado de trabalho regional favoreceram, no mês de agosto, os grupos formados por profissionais com Ensino Médio (83% das vagas criadas) e pertencentes à faixa etária de 18 a 24 anos (53% dos postos). Trabalhadores de 50 a 64 tiveram seus espaços diminuídos em 527 postos. Por gênero, apenas 1/3 dos cargos foi preenchido por mulheres.

Para Eliane, os dados de agosto sinalizam a continuidade da recuperação do emprego depois de um intenso ajuste no primeiro semestre, sobretudo em razão da flexibilização das atividades. “A retomada das contratações na Indústria, que conduz a dinâmica econômica, indica esforço para organizar os estoques para o fim do ano e mostra efeitos positivos dos programas protetivos do governo federal (Auxílio Emergencial e Benefício Emergencial), que asseguram, até o momento, uma demanda mínima”, avalia a professora extensionista.

Observatório PUC-Campinas

O Observatório PUC-Campinas, lançado no dia 12 de junho de 2018, nasceu com o propósito de atender às três atividades-fim da Universidade: a pesquisa, por meio da coleta e sistematização de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas; o ensino, impactado pelos resultados obtidos, que são transformados em conteúdo disciplinar; e a extensão, que divide o conhecimento com a comunidade.

A plataforma, de modo simplificado, se destina à divulgação de estudos temáticos regionais e promove a discussão sobre o desenvolvimento econômico e social da RMC.  As informações, que englobam indicadores sobre renda, trabalho, emprego, setores econômicos, educação, sustentabilidade e saúde, são de interesse da comunidade acadêmica, de gestores públicos e de todos os cidadãos.

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