11/12/2024

Vítima relata como massoterapeuta de Artur Nogueira cometia os abusos durante sessões

Em um relato forte, mulher contou que ele fazia toques invasivos e estranhos aos procedimentos; confira

Foto: Portal ON

Wagner Luan

Uma das vítimas do massoterapeuta que está preso preventivamente sob a acusação de abuso revelou que ele se aproveitava delas durante as sessões de massagem, tocando seu órgão genital nas mãos delas ao longo do procedimento. Essa declaração foi feita por uma das vítimas que procurou a Polícia Civil para denunciar Moacy Gulin Filho. Em entrevista ao Portal ON, a dona de casa de 57 anos contou que, enquanto estava sendo massageada, ele a importunou sexualmente. “Em certo momento, ele pediu que eu esticasse o braço para a massagem e, quando percebi, começou a passar seu órgão genital na minha mão. Eu retirei o braço. Então, ele repetiu a mesma coisa na outra mão”, relatou a vítima.

O massoterapeuta Moacir Gulin Filho foi preso preventivamente na quinta-feira (05), no local onde realizava seus atendimentos. Aos policiais, ele negou as acusações de abuso.

Primeiro contato

Ao Portal ON, a mulher compartilhou que seu primeiro contato com o massoterapeuta ocorreu no restaurante que ela possuía. “Ele começou a frequentar o meu estabelecimento e, em uma ocasião em que eu estava extremamente cansada, ele se aproximou e disse que eu parecia tensa, se apresentou como massagista e me ofereceu uma sessão de massagem. O mesmo valeu para o meu marido”, recorda a vítima.

No dia marcado, o casal se dirigiu ao local onde o homem realizava os atendimentos. “Fomos até lá e a massagem foi feita sobre a roupa. Ele explicou cada etapa do procedimento e meu marido também participou, inclusive fez uma massagem para demonstrar que atendia homens também. Não percebi nada de estranho nesse primeiro encontro”, destacou a mulher.

Sessão de abusos 

Após esse primeiro contato, o homem solicitou que a vítima agendasse uma nova sessão, pedindo que, desta vez, ela usasse biquíni, justificando que isso facilitaria os procedimentos. Sem suspeitar de nada, a mulher compareceu no dia e horário combinados. Como seu marido tinha um compromisso, ela ficou sozinha com o profissional.

Ela relata que, no início, tudo transcorreu de forma tranquila, com Moacyr realizando massagens em seus pés, pernas e braços enquanto ela estava deitada de costas. “Não percebi nada estranho nesse primeiro momento”, afirma a vítima. Entretanto, a situação mudou quando ela se virou de bruços. “Quando me virei, ele começou novamente pelos pés, depois subiu pelas pernas e braços. Então, ele pediu que eu colocasse a mão para fora da maca, e eu o fiz. Quando ele começou a massagear meus braços, ele colocou o pênis na minha mão. Eu tirei a mão rapidamente, e ele continuou agindo como se nada tivesse ocorrido.”

Desconsiderando o que estava acontecendo, o homem deu continuidade à sessão, momento em que os toques se tornaram mais invasivos. “Ele começou a fazer massagem e a tocar meus seios e minha bunda. Eu fiquei incomodada e avisei que aquilo não era massagem e que não queria que ele me tocasse, mas ele alegou que era algo comum no procedimento.

Após a reclamação, ele se desculpou e prosseguiu com a massagem, até que, em um certo ponto, ele cometeu outro ato abusivo, sem nenhuma vergonha. “Enquanto massageava minhas pernas, ele deslizou a mão sobre minha genitália por baixo da roupa. Ele estava usando um gel que, por sinal, chegou a queimar. Nessa hora, eu disse que chega, levantei, vesti minhas roupas e saí”, declarou.

De acordo com a vítima, ao ser indagado sobre o ocorrido, o massoterapeuta tentou se defender. “Ele pediu que eu ficasse calma, afirmou que aquilo não poderia ter acontecido e que não era permitido sair daquela sala. Ele ainda me ofereceu um café para que eu me acalmasse, mas recusei e saí rapidamente.”

A dona de casa relata que, ao deixar a sala, se deparou com a esposa do massoterapeuta, que também atua como manicure no mesmo estabelecimento, mas não conseguiu contar o que havia ocorrido. Quando questionada, ela admitiu que sentiu vergonha de acionar as autoridades e teve receio de formalizar a denúncia.

A Polícia Civil segue investigando o caso e novas vítimas tem procurado a delegacia para denunciar o massoterapeuta.

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