Abandono de animais domésticos aumenta durante a pandemia em Mogi Guaçu
O Centro de Controle de Zoonoses de Mogi Guaçu abriga hoje 79 animais de estimação de diferentes raças, tamanhos e idades
Ter em casa a companhia de um animal de estimação pode representar para muitos uma forma de espantar a solidão que afeta boa parte da população em meio ao enfrentamento à Covid-19 e ao necessário isolamento social. Ainda assim, foi justamente durante a pandemia que se observou aumento de casos de abandono de cães e de gatos no munícipio.
Desde o ano passado, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Mogi Guaçu, responsável pelo Canil Municipal, detectou queda nas adoções. E mais: cresceu exponencialmente a incidência de resgates.
“Com a pandemia e a consequente crise econômica, cresceu muito o número de animais deixados nas ruas. Na atual situação, mesmo fazendo um trabalho de divulgação e promovendo feiras de adoção, está mais difícil receber doações. Houve queda espantosa também no número de adoções”, conta a gerente do CCZ, Dagmar do Amaral Borges.
De acordo com ela, as principais causas de abandono de cães e gatos são as ninhadas inesperadas, mudança de residência, fatores econômicos, perda de interesse pelo animal e casos em que o pet passa a apresentar comportamento agressivo.
“Animais de estimação demandam cuidados como alimentação, higiene, atendimento clínico veterinário e merecem ser tratados com respeito e carinho. Quando abandonado ou maltratado, ele sente esse desprezo, podendo desenvolver depressão, tornar-se agressivo e apresentar outras doenças”, alerta Dagmar.
CCZ incentiva adoção
O Centro de Controle de Zoonoses de Mogi Guaçu abriga hoje 79 animais de estimação de diferentes raças, tamanhos e idades. A maioria desses animais é recolhida porque está doente, é vítima de maus-tratos ou encontra-se em situação de risco.
Para Dagmar, faz-se necessário um trabalho de conscientização sobre a castração e seus benefícios. “Além do controle de natalidade, a castração ajuda a prevenir doenças. Fazemos aqui um apelo à população: não abandone, cuide!”.
O procedimento de adoção é simples: o interessado vai até o CCZ e tem a oportunidade de conhecer os cães e gatos disponíveis e optar ou não pelo acolhimento. Caso decida adotar, os servidores agendam uma visita à residência que receberá o animal para avaliar as condições do local. Em seguida, é feita a assinatura do Termo de Adoção Responsável. O pet será, a partir daí, levado à casa do novo dono.
A gerente do CCZ ressalta que “a adoção de um animal deve ser um ato planejado e consciente, pois ele se apega aos donos e sofre a cada separação”. “É preciso pensar em tudo antes para que essa seja uma experiência boa para todos”, adverte.
Quem não está em busca de um pet, mas quer contribuir com a causa, pode levar doações à Zoonoses para os animais resgatados e que são mantidos pelo município. São aceitos ração, petiscos, brinquedos, cobertores para essa época de frio, cone, caixinha de transporte para gato e roupinha cirúrgica.
A sede do CCZ fica na Rua Oscar Candido Rodrigues, s/nº, Jardim Alvorada e o horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h às 16h30. Para mais informações, a zoonoses atende pelos telefones (19) 3851-7717 e (19) 99621-6467.
Imagens dos animais disponíveis para adoção podem ser vistas no Facebook da instituição, em www.facebook.com/zoonosesmogiguacu.
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