07/12/2024

Consumo deve subir 12% no período de festas natalinas, projeta Abras

Produtos natalinos estão 8% mais caros em comparação ao ano anterior

Foto Canva

Os supermercadistas projetam alta de 12% no consumo no período de festas, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Neste ano, segundo o vice-presidente institucional da associação, Márcio Milan, a disparada do dólar e os fatores climáticos, que impactam os preços dos alimentos desde setembro, atingem a cesta de produtos natalinos, que estão 8% mais caros na comparação com o ano anterior.

O preço médio da cesta com produtos típicos composta por dez produtos – aves natalinas, azeite, caixa de bombom, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e tender – foi calculado em R$ 345,83 nesta semana, R$ 24,70 a mais do que os R$ 321,13 de 2023.

Milan avalia que, caso a recente disparada do dólar, em razão dos anúncios da equipe econômica sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês se prolongue, é possível ver novas altas de preços. “Se a alta do dólar for contínua, afetará os preços dos alimentos. Uma alta pontual, não, pois os supermercados já realizaram as compras de abastecimento para o fim do ano”, diz.

Ele menciona que, apesar da alta nos preços, a Black Friday traz ofertas de produtos típicos natalinos e os supermercados tendem a aumentar o volume de ofertas de acordo com as negociações com a indústria ao longo de dezembro. Assim, mesmo com a alta de preços, não se espera quedas significativas de volumes nesse período do ano.

CONSUMO NOS LARES EM OUTUBRO

O Consumo nos Lares Brasileiros cresceu 3,5% em outubro ante setembro. No ano, o indicador acumula alta de 2,67% de acordo com monitoramento da Abras. Já na comparação interanual (de outubro desse ano ante o mesmo período de 2023) a alta é de 2,9%.

Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam todos os formatos de supermercados.

“A escalada da inflação continuou pressionando os alimentos. O consumidor pesquisou preços, fez substituições de proteínas animais e trocou marcas de produtos básicos ao compor a cesta de abastecimento dos lares”, analisa Milan.

O aumento da empregabilidade ao longo do ano e os volumes de recursos injetados na economia também contribuíram para sustentar o consumo nos lares, afirmou.

Cesta AbrasMercado – Em outubro, os preços da cesta AbrasMercado subiram 2,44% ante setembro. A variação do indicador é a maior para o mês de outubro desde 2020 (3,56%) e a mais elevada dos últimos 30 meses.

Ela é superior à alta vista em abril de 2022, de 3,4%, com a disparada do preços internacionais com o conflito da Ucrânia e da Rússia.

O indicador mede a variação de preços da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.

Na média nacional, os preços da cesta passaram de R$ 739,44 para R$ 757,49. De janeiro a outubro a alta é de 4,83% e em 12 meses, de 7,30%.

Associação Comercial de Campinas (Acic) – Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

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