01/08/2024

Maternidade de Campinas realiza diversas atividades para incentivar a amamentação

Atividades do Agosto Dourado 2024 começarão em 1º de agosto com palestras, depoimentos, decoração das unidades, música e café da manhã

Foto Canva

O Hospital Maternidade de Campinas (HMC) preparou uma série de ações para chamar a atenção sobre a importância do aleitamento e da doação do leite materno, aproveitando o “Agosto Dourado”. O mês foi escolhido pela Organização Mundial de Saúde para simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação. As comemorações, na Maternidade de Campinas, estão concentradas no dia 2 de agosto. “No leite materno são encontrados diversos componentes imunológicos, sendo, portanto, o alimento mais natural e seguro para a criança no início da vida. Amamentar é essencial para o crescimento e o desenvolvimento infantil adequados. Também traz benefícios para a saúde física e psíquica da mãe e do bebê”, explica a gerente de enfermagem do Banco de Leite Humano do HMC, Larissa Bueno Pimentel Sabetta Techio.

Os bebês até seis meses de idade devem ser alimentados somente com leite materno. Não precisam de chás, sucos, de outros leites e, nem mesmo, de água. Após essa idade, deve ser incluída alimentação complementar apropriada, embora a amamentação deva continuar até o segundo ano de vida da criança, ou mais. Com as ações do “Agosto Dourado”, a Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, em inglês), além da conscientização das mães sobre a amamentação, também preconiza: informar sobre as perspectivas dos pais trabalhadores com relação à amamentação e paternidade; fundamentar a licença remunerada e o suporte no local de trabalho como ferramentas importantes para facilitar a amamentação; envolver as pessoas e as organizações para melhorar a colaboração e o apoio à amamentação no trabalho; e conscientizar sobre ações de melhoria das condições de trabalho e apoio relevante ao aleitamento materno.

Durante todo o mês, as unidades de internação estarão decoradas com balões e frases de incentivo ao aleitamento. Haverá, ainda, café da tarde para as mães e colaboradores, música, depoimentos e rodas de conversas com mães exclusivas (que doam o leite para o próprio bebê). No dia 2 de agosto, no auditório do HMC, está prevista uma ampla programação: às 14h, na abertura, apresentação do grupo Mamamia; das 14h20 às 15h, palestra com a enfermeira especialista em neonatologia e pediatria Juliana Almeida Coco sobre o tema “Amamentação: apoie em todas as situações – como manter a produção de leite durante o período de internação do bebê prematuro”; das 15h às 15h40, palestra com a Dra. Bárbara de Oliveira Pereira Lima, neonatologista e consultora de amamentação sobre o tema “Os desafios da amamentação em situações especiais”; às 15h40, depoimentos das mães sobre suas experiências com a amamentação e, às 16h, coffee de encerramento. No Brasil, desde 2017, está definido por lei que as ações do “Agosto Dourado” devem durar o mês inteiro. O “dourado” representa a simbologia do leite materno, considerado alimento “ouro” para os bebês por ser o único completo para nutri-los por, no mínimo, seis meses de vida de forma exclusiva, e até dois anos – complementado com outros alimentos.

Fotos cedidas pelo HMC – Banco de Leite Humano do Hospital Maternidade de Campinas

Baixo estoque do BLH

O Hospital Maternidade de Campinas também está em campanha permanente para que as mães que amamentam doem o excedente para o Banco de Leite Humano mantido pela instituição. O objetivo é garantir a saúde dos bebês internados na Unidade Neonatal (UTI – Unidade de Terapia Intensiva – e UCI – Unidade de Cuidados Especiais). Neste mês, o estoque é de 68 litros, quando o ideal seriam 200 litros, em média, para garantir certa tranquilidade no atendimento à demanda dos bebês internados. Cada litro doado pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia. De acordo com o Unicef (dados de 2019), apenas 40% das crianças no mundo recebem amamentação exclusiva no início da vida. Por isso, até 2025, a Organização Mundial da Saúde quer garantir que pelo menos a metade de todas as crianças no mundo sejam alimentadas exclusivamente com leite materno durante os seus seis primeiros meses de vida.

Importância da amamentação

O leite materno é o melhor alimento que um bebê pode ter. É de fácil digestão e promove um melhor crescimento e desenvolvimento, além de proteger contra doenças. Mesmo em ambientes quentes e secos, o leite materno supre as necessidades de líquido de um bebê. Água e outras bebidas não são necessárias até o sexto mês de vida. Dar ao bebê outro alimento, que não o leite materno, aumenta o risco de diarreia ou outras doenças.

 Vantagens da amamentação materna

  • Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida.
  • O aleitamento materno protege bebês e crianças pequenas de doenças perigosas. O leite materno é a primeira “vacina” do bebê.
  • O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.
  • Bebês que são amamentados ficam menos doentes e são mais bem nutridos do que aqueles que ingerem qualquer outro tipo de alimento.
  • Quase todas as mães conseguem amamentar com sucesso. Aquelas que não têm confiança para amamentar podem solicitar apoio nas maternidades.
  • A partir dos seis meses, os bebês precisam de uma alimentação variada, mas o aleitamento materno deve continuar até o segundo ano de vida da criança – ou mais. O leite materno continua sendo uma importante fonte de energia, proteína e outros nutrientes, como a vitamina A e o ferro. O leite materno ajuda a prevenir doenças enquanto for consumido.
  • Amamentação é um direito garantido por lei. É uma prerrogativa de todas as mães amamentar os seus filhos. No trabalho, em casa e até quando estão privadas de liberdade, elas podem e devem alimentar seus filhos no peito. O aleitamento materno é também um direito da criança. Segundo o artigo 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do governo, das instituições e dos empregadores garantir condições propícias ao aleitamento materno.
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