Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte: SP inicia audiências públicas para debates
Sistema pode beneficiar ao menos 730 mil moradores das regiões metropolitanas de São Paulo, Jundiaí e Campinas
Uma série de audiências públicas sobre o projeto do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte foi iniciada em Campinas, no Teatro Bento Quirino. Organizados pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) e Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), os encontros são etapas obrigatórias para a emissão do licenciamento ambiental e têm como objetivo debater com a população os possíveis impactos e coletar sugestões para o projeto.
As próximas audiências serão realizadas nesta quinta-feira (8) na Escola Estadual Doutor Antenor Soares Gandra, em Jundiaí. E no dia 15 de fevereiro, no Teatro Plínio Marcos, em São Paulo. Todas as audiências iniciam às 17h e têm transmissão ao vivo pelo canal da Semil no YouTube. As sessões permanecem gravadas e podem ser assistidas posteriormente.
O TIC Eixo Norte terá 101 km entre São Paulo e Campinas, passando por Jundiaí, atendendo 730 mil pessoas por dia. O projeto vai resgatar a rede de trens que já existiu nestas cidades e desafogar o transporte rodoviário, além de propiciar mais conforto e segurança para os usuários.
As intervenções apresentadas na audiência pública são divididas em três etapas: a Segregação do Transporte de Cargas (SNO) entre a Estação Barra Funda (SP) e Jundiaí; o Trem Intermetropolitano (TIM), ou “trem parador”, e o TIC em si, um trem expresso de média velocidade (até 140 km/h), partindo da Barra Funda.
Todo o conjunto de intervenções vai demandar investimentos de R$ 13,5 bilhões, oriundos de uma parceria entre o Governo do Estado de São Paulo e a empresa vencedora do leilão, programado para ocorrer no dia 29 de fevereiro. A projeção é que as obras dos três serviços sejam concluídas até 2031.
Detalhamento
As intervenções apresentadas na audiência pública são divididas em três etapas: a Segregação do Transporte de Cargas (SNO) entre a Estação Barra Funda (SP) e Jundiaí; o Trem Intermetropolitano (TIM), ou “trem parador”, e o TIC em si, um trem expresso de média velocidade (até 140 km/h), partindo da Barra Funda.
Atualmente, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) mantém a Linha 7 Rubi, com viagens voltadas para trens de carga durante a manhã e à tarde. A limitação de horários compromete o transporte e sobrecarrega a manutenção do sistema e as intervenções devem iniciar com a construção de uma linha exclusiva para cargas até Jundiaí, paralela à Linha 7, liberando espaço para a construção do TIC. Os ganhos apontados na audiência são a elevação da capacidade de carga e maior número de viagens; a diminuição dos intervalos nos trens para passageiros; a melhoria da segurança do sistema, já que não haverá troca das composições de carga e de passageiros, e a redução do custo de manutenção.
Já o trem Intermetropolitano terá 44 km de extensão, ligando Jundiaí e Campinas com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos. O percurso será feito em 33 minutos, velocidade média de 80 km/h, superior aos 56 km/h médios do metrô. Os trens terão capacidade para até 2.048 passageiros cada. A tarifa terá um teto de R$ 15,00 entre Jundiaí e Campinas, com custo variável para os outros municípios, de acordo com a distância viajada.
Além disso, as 17 estações já existentes da Linha 7 da CPTM entre a Barra Funda e Jundiaí também receberão melhorias. A projeção atual é que a linha receba até R$ 5 bilhões em investimentos nos próximos anos. Já o TIC vai integrar as regiões metropolitanas de São Paulo (a partir do Terminal Barra Funda), Jundiaí e de Campinas com viagens de apenas 1h04, com 15 minutos de intervalo entre os trens. A velocidade média será de 95 km/h, podendo chegar a 140 km/h em alguns trechos. Cada trem poderá levar até 860 passageiros e o teto da tarifa foi estipulado em R$ 64,00.
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