26/08/2020

Contaminações por covid-19 caem na RMC, aponta observatório Puc-Campinas

Houve redução de novos casos também no DRS-Campinas na 34ª Semana Epidemiológica

A 34ª Semana Epidemiológica, que corresponde ao período de 16 a 22 de agosto, apontou queda de 40,29% nas contaminações por coronavírus na Região Metropolitana de Campinas (RMC) em relação à semana anterior. Em números absolutos, foram contabilizados 4,4 mil novos casos nos 20 municípios que integram a região, enaltecendo o comportamento decrescente da pandemia já apontado nos últimos levantamentos.

A queda de casos e mortes em ritmo maior também foi demonstrada no Departamento Regional de Campinas (DRS-Campinas), composto por 42 municípios, que exibiu no período 6,1 mil novas notificações associadas ao coronavírus, número 37% menor comparando-se à semana passada. Ainda assim, o DRS-Campinas continua sendo o segundo no Estado em número de casos e óbitos pela doença, atrás apenas da Grande São Paulo.

O município de Campinas, que na 33ª Semana Epidemiológica voltou a ostentar taxas crescentes de casos e mortes por covid-19, seguiu a tendência regional ao manifestar, nesta oportunidade, reduções de 41,4% (1,7 mil casos) e de 1,29% (76 óbitos) em ambos os indicadores. Ainda assim, a cidade se manteve no ranking das principais atingidas pela pandemia no quesito mortalidade, com 80 óbitos por 100 mil habitantes.

Para o Dr. André Giglio Bueno, professor de Medicina da PUC-Campinas, os dados ajudam a compreender o momento epidemiológico atual, mas deve-se considerar também a redução na taxa de ocupação de leitos de UTI, que vem se mantendo na casa dos 72%, e as curvas divulgadas semanalmente pela Vigilância Epidemiológica de Campinas, que tornam mais clara e precisa essa tendência de queda na ocorrência de casos graves e de óbitos.

Por outro lado, o infectologista avalia que o percentual de indivíduos que apresentam anticorpos contra o vírus ainda é baixo na região (em Campinas, estima-se que apenas 3.68%, enquanto, em São Paulo, a prevalência é de 10,9%), fazendo com que a taxa de anticorpos na população ainda seja baixa para indicar certa imunidade coletiva.

“Sendo assim, vale reforçar as orientações para evitar o contágio, uma vez que, apesar de o vírus estar circulando em ritmo menor na região, os casos continuarão a ocorrer por pelo menos mais alguns meses, e todos os suscetíveis seguirão correndo o risco da infeção e de manifestar quadro grave da doença”, pontua Giglio.

Do ponto de vista econômico, levando em consideração a segunda semana da reabertura parcial do comércio, o economista Paulo Oliveira, que coordena as análises relacionadas à covid-19 pelo Observatório PUC-Campinas, entende que é cedo para apostar em recuperação, que depende, segundo o especialista, de inúmeros fatores, tais quais a eficácia dos protocolos de contenção da crise sanitária, além da recuperação do emprego e da renda de boa parcela da população.

“De forma pragmática, a sustentabilidade da retomada econômica vai depender da retomada da capacidade de consumo das famílias, sobretudo no contexto de políticas econômicas avessas à ampliação do gasto público. Os dados do mercado de trabalho mostram que as reduções dos salários, o desalento e o empobrecimento da população atingiram níveis bastante altos, o que pode prejudicar a retomada do consumo nos próximos meses”, destaca o docente extensionista.

Até 22/08, data de encerramento da 34ª Semana Epidemiológica, o DRS-Campinas apresentava 79,3 mil casos de coronavírus, sendo 59,3 mil na RMC e 25,2 mil em Campinas. As estatísticas atualizadas podem ser obtidas no Painel Interativo do Observatório PUC-Campinas, disponível no site https://observatorio.puc-campinas.edu.br/covid-19.

Observatório PUC-Campinas

O Observatório PUC-Campinas, lançado no dia 12 de junho de 2018, nasceu com o propósito de atender às três atividades-fim da Universidade: a pesquisa, por meio da coleta e sistematização de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas; o ensino, impactado pelos resultados obtidos, que são transformados em conteúdo disciplinar; e a extensão, que divide o conhecimento com a comunidade.

A plataforma, de modo simplificado, se destina à divulgação de estudos temáticos regionais e promove a discussão sobre o desenvolvimento econômico e social da RMC.  As informações, que englobam indicadores sobre renda, trabalho, emprego, setores econômicos, educação, sustentabilidade e saúde, são de interesse da comunidade acadêmica, de gestores públicos e de todos os cidadãos.

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