Denúncias de intimidação contra vereadores já marcaram sessões anteriores da Câmara de Cosmópolis
Episódio recente envolvendo Xandão relembra denúncia feita em 2022, quando o vereador Junior Vieira afirmou ter sido ameaçado dentro da Casa de Leis

Da redação
A acusação de intimidação envolvendo uma facção criminosa feita pelo vereador Alexandre Satou (Xandão) tem agitado o cenário político de Cosmópolis. Durante a 33ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada na última terça-feira (21), o parlamentar alegou ter disso alvo de ameaças, ocasionadas por embate político com colegas de vereança.
O episódio reacendeu a memória de um caso semelhante ocorrido em 19 de setembro de 2022, quando o vereador Junior Vieira relatou ter sido ameaçado no interior da própria Casa de Leis. “Fui ameaçado por um munícipe dentro dessa Casa de Leis. Ameaçou a mim e a minha família. Não tenho vergonha em dizer que fiquei assustado, com muito medo”, expôs Vieira, na época.
No discurso, o parlamentar atribuiu as ameaças ao seu posicionamento de oposição ao então prefeito Junior Felisbino, citando palavras proferidas pelo agressor. “As palavras utilizadas foram ‘se você não deixar o prefeito trabalhar, eu vou acabar com a sua vida. Se você gosta da sua família, você vai deixar o prefeito trabalhar’”, declarou.
Confira o pronunciamento na 29ª Sessão Ordinária de 2022:
“Ou você corre com o político ou você corre com o comando”
A fala do vereador Xandão ocorreu por volta de 1h20min da sessão ordinária transmitida ao vivo pelos canais oficiais da Câmara Municipal. Durante o pronunciamento, ele afirmou que um colega não teria suportado o embate político e teria recorrido a integrantes de um “comando” para conversar com ele fora do plenário.
“Quero deixar aqui bem claro que eu não sou filho de pai assustado. Eu não tenho medo daquilo que eu falo, daquilo que eu aponto e daquilo que eu faço. Então não adianta pedir para ninguém vir falar comigo aqui na porta da Câmara, porque ou você corre com o político ou você corre com o comando”, declarou Xandão, em tom de confronto.
O discurso, que incluiu menções diretas a outros vereadores, elevou o clima de tensão no plenário. Xandão também criticou a postura de um parlamentar, que, segundo ele, buscaria apoio de um deputado estadual em vídeos públicos, mas recorreria a intermediários “quando o negócio aperta”.
Outro trecho polêmico do discurso envolvendo a única vereadora da Câmara, fazendo alusão a peça íntima da parlamentar. “Acho isso uma falta de ética, até porque acredito que, exceto a vereadora Thalita, ninguém usa calcinha. Tem que ser mais homem de chegar e tratar o problema direto”, completou.
Em nota de posicionamento, a Câmara Municipal, representada pelo presidente André Maqfran, afirmou que “as manifestações ocorridas em plenário são de inteira responsabilidade de seus autores”, conforme prevê o Regimento Interno e o princípio da liberdade de expressão parlamentar. A nota também reforça que a Câmara “não compactua com qualquer tipo de ameaça, intimidação ou desrespeito entre seus membros”, e que permanece “à disposição dos órgãos competentes para eventuais apurações”.
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