Engenheiro Coelho registra queda na alfabetização entre jovens, revela Censo
População de 15 a 19 anos é a única faixa etária que apresenta recuo nos índices dos dados de 2022
Da redação
Dados do Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre Engenheiro Coelho revelam que mais de 5,74% da população da cidade, atualmente em 19.566, é analfabeta. O percentual corresponde a 893 residentes.
Ainda de acordo com o Instituto, homens apresentam uma leve vantagem em relação às mulheres. Enquanto 94,33% do recorte masculino possui alfabetização, 99,18% das mulheres são alfabetizadas.
Imagem: captura de tela/IBGE – Censo de 2022
A disparidade se mantém e até se acentua na maioria dos dados de alfabetização por sexo e cor ou raça. No caso da população branca (maioria no município, com 9.648 residentes pertencentes à classificação), enquanto 96,48% dos homens são alfabetizados, 95,67% do recorte feminino possui instrução formal.
Na população preta, à qual pertencem 1.426 moradores da cidade, a disparidade é um pouco menor: 91,82% dos homens são letrados, enquanto 91,44% das mulheres possuem a instrução.
O IBGE também inclui dados sobre a população amarela, que sofreu diminuição significativa na cidade desde o último Censo, realizado em 2010. Naquele ano, a população amarela era de 206, tendo caído para 41 em 2022. A disparidade no letramento deste recorte é uma das maiores: enquanto 78,57% da população feminina é letrada, a métrica na população masculina é de 100%.
Na população parda, segunda no ranking das que mais possuem habitantes, o nível de alfabetização é parecido para os dois gêneros: 92,44% dos homens são alfabetizados, em contraste com 92,93% no caso das mulheres.
O número de indígenas praticamente não mudou entre os Censos de 2010 e 2022. No primeiro ano, 17 indígenas residiam na cidade, número que subiu para 18 depois de 12 anos. A disparidade de alfabetização entre gêneros é ainda maior neste recorte: enquanto 66,67% das mulheres indígenas são letradas, o número é de 100% no caso do gênero masculino.
Ainda sobre a população indígena, o Censo inclui métricas que revelam que apenas 81% desse recorte na cidade possui alfabetização.
No entanto, apesar de a maioria dos recortes apresentar disparidade entre os gêneros, dados sobre o número médio de anos de estudo por sexo revelam leve vantagem para o grupo feminino, que pontua 10 anos, em contraste com os 9,6 do recorte masculino.
Imagem: captura de tela/IBGE – Censo de 2022
A taxa de letramento apresenta progressão contínua quando distribuída segundo grupos de idade: 75,84% da população com 80 anos ou mais é alfabetizada. A métrica escalona até atingir seu pico no grupo de 20 a 24 anos, em que o número de alfabetizados registra 99,22%.
Há, no entanto, uma queda quando se trata do grupo de 15 a 19 anos: de 99,22% do recorte anterior, a população pertencente à faixa etária mais jovem registra 98,93% de alfabetizados, o que representa uma diferença de 0,29 ponto percentual. Foi o único caso de queda da taxa.
A diminuição pode ser explicada quando se observam as métricas brutas de frequência escolar por grupo de idade: no caso de jovens de 15 a 17 anos, que, segundo as métricas de idade ideal estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), deveriam estar cursando o Ensino Médio, apenas 83,2% possuem frequência adequada.
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