Engenheiro Coelho tem 176 pessoas diagnosticadas com autismo, diz IBGE
Mais de 500 mil possuem TEA no Estado de São Paulo; homens receberam mais diagnósticos que mulheres em Engenheiro Coelho, contraste que reflete cenário nacional

O diagnóstico do TEA é caracterizado por condições que comprometem a comunicação, comportamento social e linguagem – Imagem: Portal On/Felipe Pessoa
Da redação
Segundo dados do último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 177 moradores de Engenheiro Coelho declararam ter recebido o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Realizado em 2022, o levantamento apontou um percentual de 0,9% de diagnosticados com TEA, em relação aos 19.566 residentes da cidade.
De acordo com os dados, a população masculina de Engenheiro Coelho recebeu mais diagnósticos de TEA do que a feminina. Enquanto 118 (1,2%) dos homens possuem o transtorno, o número registrado no caso das mulheres é de 59 (0,6%). (Devido a arredondamentos, a soma dos subgrupos pode não coincidir exatamente com o total calculado diretamente sobre a população.)
O contraste reflete os dados nacionais: 1,4 milhão de homens têm diagnóstico de TEA, enquanto 1 milhão de mulheres possuem o transtorno.
Ao todo, o Brasil tem mais de dois milhões de habitantes diagnosticados com TEA, número que corresponde a 1,2% da população. No Sudeste, região que ocupa o topo da lista, o estado de São Paulo concentra mais de 500 mil pessoas com o transtorno.
Ainda em Engenheiro Coelho, a população mais atingida pelo TEA, de acordo com critérios de cor ou raça, é a parda. Em seguida, vêm as populações preta e branca.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é caracterizado por condições que comprometem a comunicação, o comportamento social e a linguagem, além de uma gama de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.
A divulgação de dados sobre a população diagnosticada com autismo pelo IBGE é considerada histórica, tendo sido feita pela primeira vez no último Censo. A mudança ocorreu em decorrência da Lei nº 13.861, de julho de 2019, que, ao alterar a Lei nº 7.853, de outubro de 1989, incluiu nos Censos as especificidades do TEA.
No entanto, a obtenção desses dados ainda revela alguns desafios, principalmente no que diz respeito à lacuna diagnóstica do TEA no Brasil. A dificuldade em identificar o transtorno pode atrasar o acesso a intervenções que promovam a melhora na qualidade de vida das pessoas com TEA, além de dificultar a obtenção de dados mais precisos sobre a quantidade de diagnósticos.
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