27/05/2025

Problemas de visão lideram ranking de deficiências em Engenheiro Coelho, diz IBGE

Maior parte das pessoas com deficiência tem baixa escolaridade, e idosos são os mais afetados na cidade, segundo o IBGE

Maior parte das pessoas com deficiência tem baixa escolaridade, e idosos são os mais afetados na cidade, segundo o IBGE – Imagem: Felipe Pessoa

Da redação

998 residentes de Engenheiro Coelho, do total de 19.566 moradores, possuem algum tipo de deficiência, de acordo com dados do Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgados nesta semana. Problemas de visão lideram a lista.

Em seguida, respectivamente, estão os problemas relacionados a andar ou subir escadas, limitações em funções mentais, problemas de audição e, por último, problemas para pegar pequenos objetos ou abrir garrafas.

As pessoas de 85 a 90 anos, entre as quais 49,3% possuem deficiências, são as mais atingidas, seguida do recorte de 75 a 79 (31,4%), 70 a 74 (25,3%) e 80 a 84 (23%).

Ainda de acordo com o Censo, 402 homens são portadores de deficiências, em contraste com 585 mulheres que afirmam possuir alguma condição. (Devido a arredondamentos, a soma dos subgrupos pode não coincidir exatamente com o total calculado diretamente sobre a população.)

De acordo com critérios de nível de instrução, 66,19% das pessoas com deficiência possuem nível de escolaridade correspondente a “Sem instrução e fundamental incompleto”, enquanto entre as pessoas sem deficiência esse percentual é de 33,93%.

No nível “Fundamental completo e médio incompleto”, os percentuais são próximos: 8,51% para pessoas com deficiência e 10,74% para pessoas sem deficiência.

Já no nível “Médio completo e superior incompleto”, 16,77% das pessoas com deficiência se encontram nessa faixa, em contraste com 34,97% das pessoas sem deficiência.

Por fim, no nível de “Superior completo”, apenas 8,54% das pessoas com deficiência atingiram esse patamar, enquanto entre as pessoas sem deficiência o percentual é significativamente maior, chegando a 20,37%.

O relatório mais recente do IBGE também inclui dados sobre pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista. A divulgação é considerada histórica, tendo sido feita pela primeira vez no último Censo. A mudança ocorreu em decorrência da Lei nº 13.861, de julho de 2019, que, ao alterar a Lei nº 7.853, de outubro de 1989, incluiu nos Censos as especificidades do TEA.

No entanto, a obtenção desses dados ainda revela alguns desafios, principalmente no que diz respeito à lacuna diagnóstica do TEA no Brasil. A dificuldade em identificar o transtorno pode atrasar o acesso a intervenções que promovam a melhora na qualidade de vida das pessoas com TEA, além de dificultar a obtenção de dados mais precisos sobre a quantidade de diagnósticos.

Segundo dados do último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 177 moradores de Engenheiro Coelho declararam ter recebido o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Realizado em 2022, o levantamento apontou um percentual de 0,9% de diagnosticados com TEA, em relação aos 19.566 residentes da cidade.

De acordo com os dados, a população masculina de Engenheiro Coelho recebeu mais diagnósticos de TEA do que a feminina. Enquanto 118 (1,2%) dos homens possuem o transtorno, o número registrado no caso das mulheres é de 59 (0,6%). (Devido a arredondamentos, a soma dos subgrupos pode não coincidir exatamente com o total calculado diretamente sobre a população.)

O contraste reflete os dados nacionais: 1,4 milhão de homens têm diagnóstico de TEA, enquanto 1 milhão de mulheres possuem o transtorno.

Ao todo, o Brasil tem mais de dois milhões de habitantes diagnosticados com TEA, número que corresponde a 1,2% da população. No Sudeste, região que ocupa o topo da lista, o estado de São Paulo concentra mais de 500 mil pessoas com o transtorno.

Ainda em Engenheiro Coelho, a população mais atingida pelo TEA, de acordo com critérios de cor ou raça, é a parda. Em seguida, vêm as populações preta e branca.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é caracterizado por condições que comprometem a comunicação, o comportamento social e a linguagem, além de uma gama de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.


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