03/09/2021

Geração de emprego cresce pelo terceiro mês consecutivo na RMC

Com 8,8 mil vagas criadas em julho, recuperação vem sendo influenciada pela flexibilização das medidas de isolamento social

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) fechou o mês de julho com a criação de 8.802 vagas formais de trabalho. De acordo com a nota do Observatório PUC-Campinas, baseada na análise de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), é o terceiro mês seguido de alta na geração de emprego. No acumulado de 2021, o saldo é positivo em 46.725 postos.

As oportunidades do setor de Serviços, sobretudo aqueles ligados à informação, comunicação e atividades financeiras, representaram 25% do total de vagas geradas. Os postos criados no setor industrial somaram 23%. Já o Comércio, apoiado pelo afrouxamento das medidas restritivas de controle da pandemia, gerou 1.873 vagas (21%). Delas, apenas 7% estavam ligadas às atividades de alojamento e alimentação.

“Entre as atividades de serviços, o ponto de destaque é a geração de contratos de trabalho nos serviços de tecnologia da informação, típico para atendimento às novas demandas associadas às estratégias de atuação remota. Na outra ponta, os segmentos de comércio e alimentação, em especial esse último, vêm apresentando recuperação mais consistente a partir da flexibilização dos protocolos de distanciamento, visto que tais atividades demandam aglomeração”, diz Eliane Rosandiski, economista responsável pela análise.

A distribuição dos cargos foi equilibrada entre homens e mulheres, com cerca de 50% das vagas destinadas a cada público. O profissional com ensino médio completo continuou sendo o perfil mais demandado em julho, ocupando 77% dos postos de trabalho oferecidos. Grande parte dos contratados (48%) pertence à faixa etária de 18 a 24 anos, enquanto os trabalhadores acima de 50 anos continuam perdendo espaço no mercado de trabalho.

“A recomposição do emprego formal vem sendo concentrada na seleção de profissionais mais jovens e com níveis de escolaridade medianos. Esse padrão tem sido amparado, historicamente, no menor valor-hora. Além disso, o elevado nível de desemprego (14,7% da força de trabalho) e de pessoas desalentadas retira o poder de barganha dos trabalhadores na contratação”, diz a professora extensionista.

Eliane reforça que, diante de um quadro inflacionário como o atual, menores salários implicam em perda de poder de compra e comprometem a virtuosidade da recuperação econômica.

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