28/05/2025

Holambra tem 181 pessoas diagnosticadas com autismo, aponta Censo do IBGE

120 homens têm diagnostico de TEA na cidade, em contraste com 61 mulheres que portam o transtorno; contraste replica cenário nacional

O diagnóstico do TEA é caracterizado por condições que comprometem a comunicação, comportamento social e linguagem – Imagem: Portal On/Felipe Pessoa

Da redação

Segundo dados do último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 181 moradores de Holambra declararam ter recebido o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Realizado em 2022, o levantamento apontou um percentual de 1,2% de diagnosticados com TEA, em relação aos 15.094 residentes da cidade.

De acordo com os dados, a população masculina de Holambra recebeu mais diagnósticos de TEA do que a feminina. Enquanto 120 (1,6%) dos homens possuem o transtorno, o número registrado no caso das mulheres é de 61 (0,8%). (Devido a arredondamentos, a soma dos subgrupos pode não coincidir exatamente com o total calculado diretamente sobre a população.)

O contraste reflete os dados nacionais: 1,4 milhão de homens têm diagnóstico de TEA, enquanto 1 milhão de mulheres possuem o transtorno.

Ao todo, o Brasil tem mais de dois milhões de habitantes diagnosticados com TEA, número que corresponde a 1,2% da população. No Sudeste, região que ocupa o topo da lista, o estado de São Paulo concentra mais de 500 mil pessoas com o transtorno.

Ainda em Holambra, a população mais atingida pelo TEA, de acordo com critérios de cor ou raça, é a parda. Em seguida, vêm as populações branca e preta, respectivamente.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é caracterizado por condições que comprometem a comunicação, o comportamento social e a linguagem, além de uma gama de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.

A divulgação de dados sobre a população diagnosticada com autismo pelo IBGE é considerada histórica, tendo sido feita pela primeira vez no último Censo. A mudança ocorreu em decorrência da Lei nº 13.861, de julho de 2019, que, ao alterar a Lei nº 7.853, de outubro de 1989, incluiu nos Censos as especificidades do TEA.

No entanto, a obtenção desses dados ainda revela alguns desafios, principalmente no que diz respeito à lacuna diagnóstica do TEA no Brasil. A dificuldade em identificar o transtorno pode atrasar o acesso a intervenções que promovam a melhora na qualidade de vida das pessoas com TEA, além de dificultar a obtenção de dados mais precisos sobre a quantidade de diagnósticos.


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