Projeto de resolução da Câmara de Holambra propõe Comissão sobre direito do consumidor
Nova proposta sugere órgão consultivo para orientar cidadãos e intermediar denúncias ao Procon

Projeto de resolução da Câmara de Holambra propõe Comissão sobre direito do consumidor
Da redação
Um vereador de Holambra protocolou na Câmara Municipal um projeto de resolução que cria a Comissão Legislativa de Defesa do Consumidor e Contribuinte. O documento, enviado ao plenário nesta terça-feira (13) pelo parlamentar Mauro Sérgio de Oliveira (Republicanos), afirma que o órgão “prestará um serviço de grande utilidade para os cidadãos, especialmente aos Holambrenses”.
Segundo o documento, a “Comissão Legislativa da Defesa do Consumidor e Contribuinte tem por finalidade atuar na defesa e nos interesses destes”. O órgão, a pedido, avaliaria a pertinência de solicitações feitas ao Procon, “cabendo a decisão final e a propositura exclusivamente ao Reclamante”.
“Todos os dias os consumidores sofrem abusos por parte do poder público, de fornecedores, fabricantes, comerciantes e tomadores de serviços em suas relações de consumo, sem ter a quem recorrer para pedir orientações e/ou formalizar as reclamações”, justifica o parlamentar.
“Com a instituição desta Comissão, a Câmara dará um passo em direção das garantias legais aos cidadãos que se sentirem prejudicados”, completa.
O texto explica que a Comissão funciona como um órgão consultivo da aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC). “Caberá também à Comissão, ajudar na constituição futura do órgão de defesa dos direitos do consumidor (PROCON), que será responsável por criar uma política de educação para o consumo.”
Além de seguir as diretrizes do Regimento Interno da Câmara, especialmente os artigos 69 e 70 sobre comissões permanentes, a Comissão será composta por três vereadores.
“Caso a Comissão, após analisar os fatos relatados e o direito a ser aplicado, venha a discordar do Reclamante, por entender que não se trata de relação de consumo e/ou que possa existir falta de fundamento e/ou que seja uma denúncia ilícita, falsa, maculada etc., poderá deixar de registrar a Reclamação, e se assim entender, irá informar ao Reclamante interessado”, explica um trecho.
Afirmando que os serviços da Comissão serão prestados de forma gratuita, o PR não prevê custos aos cofres públicos, mas pontua que a Câmara Municipal poderá custear a qualificação dos procedimentos e a contratação de estagiários para atuar nas seções de atendimento, instruções e cadastro de reclamações.
O PR destaca que, caso a demanda seja levada ao Judiciário ou outro órgão que exija representante judicial, a Comissão não fornecerá advogados os Reclamantes, que, como o documento também explica, devem ser exclusivamente pessoas físicas.
A Comissão também poderá convocar representantes de entidades, conselhos municipais, associações de bairros, órgãos comunitários, imprensa etc. para prestar esclarecimentos. Por outro lado, o texto afirma que o órgão não terá poder de fiscalização sobre locais e estabelecimentos privados.
“Contamos com o apoio dos nobres vereadores para que esse Projeto de Resolução seja aprovado”, pede. O texto foi apresentado em regime ordinário na última Sessão da Câmara Municipal.
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