02/10/2019

Hospital de Mogi Mirim atinge 80 cirurgias por mês e melhorias no atendimento

Desde a intervenção judicial determinada pela 3º Vara da Comarca de Mogi Mirim, medidas prioritárias foram adotadas

Desde a intervenção judicial determinada pela 3º Vara da Comarca de Mogi Mirim aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) na Santa Casa de Misericórdia, em abril, a Prefeitura trabalha de forma séria e comprometida junto ao hospital, de olho em um serviço que atenda de maneira adequada a população. Logo nos primeiros meses de intervenção, medidas prioritárias foram adotadas, visando garantir o funcionamento dos serviços.

De início, a Administração Municipal teve como foco a reestruturação das equipes médicas, oferecendo o atendimento ao usuário, e uma ação de resgate aos fornecedores. A meta era estabelecer a retomada da confiança no que diz respeito à compra e ao pagamento de insumos e medicamentos, garantindo, assim, novos contratos e corrigindo um problema corriqueiro no hospital.

Agora, a retomada nos serviços têm como objetivo acelerar o número de cirurgias eletivas e tratamentos cirúrgicos, bem como a manutenção de espaços físicos, equipamentos e materiais utilizados nos mais diversos setores da Santa Casa.

Cirurgias

Nos últimos anos, com a crise instalada no hospital, não houve um trabalho adequado relacionado a cirurgias de urgência e cirurgias eletivas, algo tratado como uma das prioridades pela equipe administradora. Com o hospital funcionando em sua plenitude, os procedimentos voltaram a ser realizados com frequência, diminuindo a fila de espera, e atendendo casos prioritários. Para se ter uma ideia, a Santa Casa vem realizando, mensalmente, cerca de 80 cirurgias eletivas, em diversas especialidades. Esse número deve chegar a 120 nos próximos meses.

“Começamos de maneira lenta, porém gradual, e atualmente já atingimos nossa meta de 80 cirurgias mensais. Isso é muito bom, com esse volume a fila tende a diminuir muito mais”, destacou o diretor técnico do hospital, o médico Vitor Augusto de Andrade.

Outro fato a se destacar é o número de partos realizados. Mensalmente são cerca de 60 partos, o que resulta em uma média de quase dois por dia.

Estrutura

Com a necessidade por uma manutenção contínua em setores fundamentais, a Santa Casa vem recebendo adequações e melhorias. Entre elas, a administração promoveu a troca das cortinas entre as divisórias da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta, seguindo uma normatização estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), bem como a adequação dos boxes dos pacientes atendidos no Centro de Hemodiálise e a instalação de azulejos em parte da parede. Houve ainda o conserto do microscópio cirúrgico, utilizado em neurocirurgias de alta complexidade.

“O hospital está em um bom momento, nós já passamos pela fase de transição, onde encontramos a Santa Casa em uma situação ruim, em crise. Essa transição foi muito difícil, mas passamos por ela. O básico, como serviços de urgência e emergência, cirurgias de urgência e setores que trabalham com essas áreas, estão em total funcionamento. Agora estamos mais confortáveis para dar sequência a projetos futuros que virão por ai”, ressaltou Vitor.

Ouvidoria

Ciente da cobrança da população por um serviço de qualidade e a busca por evoluir ainda mais, sobretudo no corpo de funcionários, a Santa Casa possui sua Ouvidoria Interna, canal direto para contato entre os usuários e a direção. O departamento cuida, especificamente, de queixas, denúncias e elogios. Caixas espalhadas por diversas alas do hospital, com papel e caneta ao lado, servem como depósito para as queixas ou elogios. Tudo é retirado e encaminhado para a direção.

“Em toda crítica, como um atendimento ruim ou demorado, elogios a um profissional, seja o médico, enfermeiro, equipe auxiliar de limpeza ou qualquer funcionário, o usuário pode se posicionar. Com base nisso conseguimos promover uma melhoria. Os casos são analisados pela ouvidoria e comunicado ao indivíduo ou as equipes, quando necessário”, disse o diretor técnico.

Dr. Vitor pede a colaboração da população na busca pela melhora constante dos serviços médicos. “O profissional, ao ser elogiado, vai se sentir mais motivado, e com o profissional que for criticado será uma forma que nós temos para tentar corrigir o erro. Peço a população que, qualquer opinião positiva ou negativa, procure a ouvidoria interna e faça os devidos questionamentos”, reforçou.

Diretor Técnico

Dr. Vitor Augusto de Andrade é médico formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde possui especialização em cirurgia geral e coloproctologia. Acumula cursos internacionais, publicações e pesquisas científicas nos Estados Unidos. Atua há três meses na Santa Casa como diretor técnico.

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