08/05/2025

Polícia Civil do DF deflagra operação contra fraude tributária e cumpre mandados em Jaguariúna

Fraude tributária envolvendo uma empresa de fachada movimentou cerca de R$ 500 milhões nos últimos cinco anos

                                                                                                                                                                                         Foto: PCDF

Da redação

A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu, nesta quinta-feira (8), três mandados de busca e apreensão em endereços de Jaguariúna, durante a deflagração de uma operação contra fraudes tributárias. Foram sequestrados imóveis e carros de luxo possivelmente relacionados ao esquema milionário. A ação contou com o apoio de policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Mogi Guaçu.

As buscas ocorreram em endereços ligados ao principal investigado, incluindo sua residência em um condomínio de luxo no bairro Santa Úrsula e em duas empresas — uma delas do ramo de embalagens plásticas. Foram apreendidos imóveis e veículos de luxo dos alvos da investigação.

A operação, realizada em parceria com a Receita Federal, tem como foco um esquema milionário de fraude tributária envolvendo uma empresa de fachada que movimentou cerca de R$ 500 milhões nos últimos cinco anos, sem o pagamento de qualquer tributo. A empresa investigada, registrada como uma indústria de embalagens plásticas no DF, funcionava, na prática, como uma “noteira”, criada exclusivamente para emitir notas fiscais frias.

Essas notas simulavam a venda e a circulação de mercadorias inexistentes, gerando créditos tributários falsos. Esses créditos eram utilizados por empresas “clientes”, também do ramo de embalagens e pertencentes aos mesmos sócios da companhia original.

Além de Jaguariúna, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campinas, Suzano, Florianópolis e Brasília — onde tiveram início as investigações.

A megaoperação contou com a participação de 70 policiais civis e auditores da Receita Federal, além do apoio das Polícias Civis de São Paulo e de Santa Catarina.

O grupo é investigado por crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.

Batizada de “Hollow Company” — termo que remete a “empresa oca” —, a operação simboliza a essência do esquema: uma estrutura empresarial vazia, sem atividade real, criada exclusivamente para sustentar um golpe fiscal milionário e enriquecer os envolvidos às custas do erário.

Todos os bens, documentos e outros objetos ligados a investigação foram apreendidos e levados para o Distrito Federal.

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