Associação prevê aumento de até 9% nos materiais escolares em 2025
Projeção foi feita pela Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares
A Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) projetou para 2025 um aumento de preços nos materiais escolares que pode variar entre 5% e 9%. A elevação dos custos é atribuída a uma série de fatores econômicos, incluindo a inflação anual, o aumento nos custos de produção e, principalmente, a alta do dólar, que impacta diretamente os produtos importados.
Sidnei Bergamaschi, presidente-executivo da ABFIAE, explica que uma boa parte dos itens que compõem as listas escolares, como mochilas, estojos e outros acessórios, são importados. A alta do dólar, junto com o aumento expressivo nos preços de frete marítimo, tem feito com que o custo dos materiais suba consideravelmente. “Quando se tem uma taxa de dólar mais alta e o frete internacional, que ficou cinco vezes mais caro após a pandemia, o impacto é inevitável”, comenta Bergamaschi.
Esses aumentos afetam diretamente os consumidores, principalmente as famílias que precisam se preparar para as compras de material escolar no início do ano letivo. A ABFIAE destaca que, com a atual conjuntura, muitos itens essenciais podem tornar-se mais caros, o que representa um desafio para os pais e responsáveis.
Diante deste cenário, a ABFIAE tem defendido algumas medidas para minimizar o impacto financeiro. A principal proposta é a ampliação de programas públicos voltados à aquisição de material escolar, como o Programa Material Escolar, que já foi implementado em algumas regiões, como o Distrito Federal, São Paulo e Foz do Iguaçu. Por meio deste programa, o governo oferece crédito a estudantes de escolas públicas, permitindo que adquiram apenas o que realmente necessitam. A iniciativa visa garantir que os alunos da rede pública possam acessar materiais de qualidade, sem sobrecarregar o orçamento familiar.
Além disso, a ABFIAE propõe uma redução nos impostos cobrados sobre esses produtos. A entidade aponta que, em alguns itens, os tributos podem representar até 50% do valor final. A associação tem pressionado por uma mudança na reforma tributária para que os materiais escolares sejam enquadrados em uma categoria com impostos mais baixos. “Hoje, os impostos sobre os itens da lista escolar chegam a mais de 40%. Essa carga tributária tem um peso muito grande no valor final, o que dificulta o acesso a materiais de qualidade para muitas famílias”, ressalta Bergamaschi.
Com o aumento esperado nos preços e as dificuldades econômicas enfrentadas por muitas famílias, a ABFIAE acredita que a redução dos impostos e a expansão de programas públicos são medidas essenciais para garantir que todos os alunos tenham acesso a materiais escolares adequados e de qualidade para o ano letivo de 2025.
Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares – ABFIAE
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