Apae comemora 26 anos com jantar dançante
Conheça a história da instituição em Artur Nogueira
Quézia Amorim
Em comemoração aos 26 anos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Artur Nogueira realizará um jantar dançante no sábado (27), a partir das 21 horas, no salão social da própria entidade. O objetivo do evento é arrecadar fundos para a instituição. O jantar comemorativo contará com sorteio de brindes e show da banda Evidência, que apresentará repertório variado. Os convites estão sendo vendidos pelo preço de R$ 40 na Banca da Izildinha, Maria Vitória Confecções e na sede da Apae.
Serviço prestado
A Apae tem como principal missão prestar serviços de assistência social em relação à melhoria da qualidade de vida de pessoas portadoras de deficiência. A entidade também visa a conscientização da sociedade, com palestras e eventos informativos para o município. Atualmente, a Apae de Artur Nogueira atende 165 alunos, entre crianças e terceira idade. O custo mensal da instituição é de R$ 60 mil.
A entidade busca, através de parcerias e convênios, garantir e difundir os direitos de seus assistidos. Além de salas de aula e oficinas com professores especializados, a Apae presta serviços de Equoterapia, Fisioterapia Motora e Respiratória, Terapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Odontologia, Pediatria, Pedagogia e Neuropediatria.
Histórico
A Apae de Artur Nogueira foi fundada no dia 28 de outubro de 1986 por um grupo de 22 pessoas. Assim como hoje, a entidade atendia crianças sem condições de pagar pelo serviço prestado. Um dos primeiros fundadores da Apae e primeiro presidente, Osvaldo Sia, que ficou como presidente e vice por oito anos, conta sobre a sua gestão da época na entidade.
“Eu era presidente da Aidan, meu mandato lá tinha terminado e me chamaram para a Apae. Quando eu peguei a Apae, tinha apenas o estatuto na mão, só o papel. Me lembro de uma ocasião em que precisávamos de 120 sacos de cimento e não tínhamos dinheiro. Dei a volta no quarteirão pedindo para que as pessoas doassem e, antes de terminar a volta, eu já tinha os 120 sacos. As pessoas deixavam de atender o cliente para atender a gente”, lembra Sia, que também relata algumas situações que viveu na instituição.
“Tivemos momentos drásticos. Teve um dia que convoquei uma assembleia e 22 pessoas pediram afastamento. Depois disso pensei que Deus tivesse me abandonado, mas sempre apareciam pessoas para ajudar, daí eu voltava a pensar que não estava só. Hoje em dia as coisas estão menos difíceis, porque no meu tempo a gente vendia flores para conseguir o custeio da Apae. Foi um trabalho que tive muita satisfação em fazer. Eu agradeço à população e pela equipe, principalmente a Rosana Teressani, que foi o meu braço direito. Parabenizo, também, a todas as presidências, pessoas como Euclides de Faveri, Vandelei Bertini, Jair Tagliari, Ambé, Adriana Campideli, Geraldo Delgado e outros nomes de todas as presidentes e diretores que passaram pela instituição e que contribuíram para que Apae ficasse aberta até hoje”, conta Osvaldo Sia.
João Viveiros, presidente da Apae há um ano e meio, explica que o foco da instituição não é somente o aluno e sim também trabalhar com a família. Viveiros é pai de um assistido da entidade e afirma que “o trabalho é feito como se fosse para o meu filho, dou sempre o melhor. O tratamento é igual. Só quem trabalha com a causa ou quem tem filhos excepcionais, sabe como é”, comenta.
O presidente da instituição ainda desabafa: “Hoje em dia, muitos se aproveitam da Apae para se promover, tem muita politicagem. Mas nós, a instituição, não perdemos o foco. Ela também costuma ser vista como coitadinha. Ela não precisa de piedade e, sim, de oportunidade. Não é qualquer pessoa que abraça a entidade. Para abraçar a causa você tem que ter identidade, senão, você fará um sacrifício. Quando você anseia pela melhora de algo, você faz em diferença. A gente queria que todo mundo, de verdade, pensasse assim, pela melhoria”, conclui Viveiros.
Comentários
Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.