Bloco da Vaca anima a avenida
O dia em que homem vira mulher, mulher vira homem e os indecisos ficam mais indecisos ainda
Riane Barbosa
A festa começou às 17 horas, saindo da rua dos Expedicionários e descendo até a avenida Dr. Fernando Arens, no centro de Artur Nogueira.
Com a bateria tradicional, a Vaca promete tocar o som que animará os nogueirenses. “É um batuque sempre igual, mas que contagia a todos que estão na folia” comenta o organizador, Eduardo Pietrobom, o Duda.
A vaca já foi tema de um documentário, dirigido pelo cineasta Marcelo Menezes, ganhando vários prêmios.
Artur Nogueira tem 61 anos de emancipação política, a Vaca existe há mais de oitenta anos. “Ela está no sangue dos nogueirenses, é do povo para o povo”, comenta o Chefe da Divisão Municipal de Cultura, Marcos Roberto Campos.
Trazida pelos espanhóis em 1930, o bloco da Vaca se popularizou na cidade, trazendo turistas de toda parte do país. Confeccionada com pano e cipó e manualmente pintada, ela sai na principal avenida da cidade, chifrando todos que cruzam seu caminho. A brincadeira une homens que se vestem de mulher e vice versa. “A Vaca já virou patrimônio dos nogueirenses. Nosso Carnaval sem ela não teria a mesma graça”, comenta Duda.
No início, o bloco e a bateria eram somente destinados aos homens, com o passar do tempo foi crescendo e dando a oportunidade para as mulheres também se divertirem, tanto no bloco quanto na bateria. “Hoje, a vaca é de todos, homens, mulheres e indecisos”, afirmam os organizadores, Duda e Lelo.
Em 2010, o bloco uniu cerca de dois mil foliões. Esse ano, os organizadores esperam mais de três mil pessoas para pularem atrás da Vaca.
O próximo encontro será na terça-feira (08), finalizando o Carnaval.
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