Cana Castela- a Bebedeira é o tema do bloco Shanas Tchikiniras para o Carnartur
Desfiles acontecem no sábado e na segunda de carnaval
Wagner Luan
Semelhante aos carnavais passados, quando sempre fazem uma paródia bem-humorada de personagens, o bloco Shanas Tchikiniras, formado exclusivamente por homens, levará para a avenida uma homenagem a Ana Castela, a boiadeira mais famosa do Brasil. Com eles, a artista se transforma em Cana Castela – a Bebedeira, dando uma ideia do que será apresentado.
“O tema escolhido deste ano foi ‘CANA CASTELA, a Bebedeira’, um trocadilho com Ana Castela, a Boiadeira. Sabemos da importância da artista no cenário atual e pegamos carona em sua simpatia com o público”, explicou Alexandre Mauro Guimaro, um dos organizadores do bloco.
O Shanas surgiu em meados de 2002, quando os integrantes da época, durante um churrasco, fundaram o grupo. O nome “Shanas” surgiu como um trocadilho jocoso, já que o bloco deveria ser formado exclusivamente por homens fantasiados de personagens ou personalidades femininas, sempre na cor rosa. A sequência “Tchikiniras” veio de forma aleatória
“Há quem diga que a exclusividade masculina existia para que esposas e namoradas permitissem a brincadeira no carnaval sem ciúmes, afinal, só haveria homens. Outros dizem que foi uma maneira de chamar atenção para as fantasias femininas em ‘brutamontes’, o que era bastante chamativo em uma cidade de origem rural na época”, disse Guimaro.
Segundo ele, o bloco surgiu com a proposta de quebrar o formato engessado do carnaval de então, que girava em torno da Banda Louca. “Na época, havia um excesso de regras para o desfile e a premiação, como a proibição de um bloco invadir a área do outro, regras sobre atraso, fantasias e até sobre qual bloco era o mais animado. Era algo pensado para escolas de samba de grandes cidades, o que tornava a diversão engessada, os desfiles robotizados e os custos elevados.”
“Hoje, temos orgulho em dizer que, desde nossa fundação, somos o único bloco que sobreviveu! Desde 2002 estamos no carnaval, salvo o período da pandemia. Nunca fomos premiados com a 1ª colocação (e isso é proposital) e nunca tivemos patrocínios vultuosos de empresas da cidade. Sempre participamos com recursos próprios e guardando pequenas gratificações ao longo dos anos”, completou.
Para integrar o bloco, o nome do folião é submetido a uma votação da administração para verificar eventuais impedimentos, como histórico de agressões, desentendimentos, assédio ou falta de comprometimento com o bloco. “Feito isso, é só medir a fantasia e vir com a gente”, frisou Guimaro.
Ainda segundo os organizadores, todos os eventos culturais da cidade são importantes. “O bloco, ele compreende a insatisfação da população com a efetividade do poder publico em proporcionar Saúde, a Segurança, a Educação. Afinal estamos todos no mesmo País, Estado e Município.
Mas a gente sabe que também, não estamos na mesma “avenida”, que temos interesse diferentes, o bloco também respeita a tradição do Encontro de Motos, da Expoartur, do Cultura Rock, dos Festivais de Musica Popular, Na festa dos Migrantes, de Violeiros, do Projeto Retreta, da estrutura fornecida em eventos Religiosos que só acontecem com o apoio ou mesmo realização da Prefeitura de Artur Nogueira.
Essa variedade de eventos, nos chamamos de Cultura, que no final, atende a toda população, cada um com seu gosto.”
Por fim, ele destaca que o bloco vê o carnaval como uma festa tradicional nogueirense, mesmo com as mudanças ao longo dos anos, que esvaziaram os desfiles de sábado da Banda Louca. “Mas persistimos e ficamos felizes em saber que, no domingo, o bloco dos blocos sai com sol ou chuva, que é o Bloco da Vaca”, concluiu.
Segundo os organizadores, não há mais vagas para participar do bloco.
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