Manifestação na Teka
Confeccionistas percorreram a cidade exigindo o pagamento atrasado
Alex Bússulo
Cerca de 50 pessoas, entre responsáveis pelo Sindicato de Vestuário de Limeira e região, proprietários de confecções e costureiras, compareceram na manhã de ontem, quinta-feira (24), em frente à empresa de tecelagem Teka, no jardim Blumenau, em Artur Nogueira, durante um protesto que durou cerca de duas horas.
Segundo o Sindicato, a Teka terceiriza parte de sua produção para cerca de dez empresas de confecções de Artur Nogueira. “Esses terceiros produzem o material e devolvem para a Teka, mas ela não paga pelo trabalho realizado, consequentemente estes terceiros não tem dinheiro para pagar seus funcionários e para piorar a situação, agora ela não está passando mais serviços para as confecções. Resultado, os funcionários estão sem dinheiro e sem trabalho”, afirma o diretor-presidente do Sindicato de Vestuário, Reginaldo de Souza Arantes.
Os confeccionistas da cidade dizem estar desesperados com a situação. “Desde dezembro do ano passado a Teka não me paga, um valor que chega a R$25 mil. Não tenho mais de onde tirar dinheiro para pagar meus funcionários”, afirma a confeccionista, Imaculada Tancredo Rita.
Além de não conseguir pagar seus funcionários, os confeccionistas afirmam que suas empresas correm o risco de ir à falência. “Já cortaram nossa energia elétrica e já recebi comunicado sobre o aluguel atrasado do prédio que usamos, mas não temos de onde tirar dinheiro”, afirma a confeccionista, Filomena Alves.
Os funcionários das empresas terceirizadas exigem que a Teka pague seus patrões. “Sempre recebi meu dinheiro no dia certo, mas agora a situação ficou caótica”, afirma a costureira, Edna Barbosa.
Os manifestantes ficaram por cerca de uma hora em frente à empresa de tecelagem, depois seguiram em passeata pela rua Duque de Caxias, finalizando o protesto em frente a uma das confecções. “Os moradores de Artur Nogueira não tem o costume de reivindicar seus direitos trabalhistas, o que é errado. A manifestação que aconteceu foi de muita importância aos trabalhadores”, afirma Arantes.
O Sindicato de Vestuário informou que vai denunciar a Teka ao Ministério Público.
Nossa equipe procurou a empresa de tecelagem, mas ninguém quis se pronunciar.
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