Conheça o ‘Cãodeirante’ de Artur Nogueira
EXEMPLO: Fred poderia ter sido sacrificado, mas a dona dele achou outro meio de continuar a vida do cachorro
Rafaela Martins / Gregory Pereira
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Mesmo assim, ter uma deficiência não significa ter problemas para viver, amar e ser amado.
Esse é o exemplo de Fred, o “Cãodeirante”, apelido dado pela própria dona. O cão, da raça boxer, possui uma deficiência nas patas traseiras que o impede de andar. Aos dez anos de idade, ele tem 53 quilos. De porte grande, Fred conta com a ajuda de seus donos.
A doença foi descoberta em 2012, quando o cachorro passou por exames e foi constatado um desgaste nos joelhos. Passou por cirurgias, que devido à falta de repouso de Fred, desencadeou a deficiência.
A família conta que o conselho dado por alguns foi sacrificar Fred. Mas o amor e a superação foram maiores. Juntos, tanto a família quanto Fred, passaram por dificuldades, mas a escolha foi feita. “Escolhemos a vida do animalzinho que tanto amamos”, explica, emocionada, Nilceia Melo Santos, dona do cão.
Há um ano com a deficiência, o cão passa sete horas por dia em uma cadeira de rodas especializada. Devido ao porte, a cadeira foi encomendada e é feita de ferro, para suportar o peso e as rodas de borracha. O modelo é diferenciado, pois a maioria das cadeiras de rodas para animais é feita de PVC.
Mesmo assim, Fred necessita da ajuda da família para ser colocado na cadeira. Dessa forma, Nilceia conta que todos se revezam para que Fred sempre receba os cuidados necessários. “Quando temos que sair, nos organizamos para que sempre alguém fique em casa para que ele seja monitorado. Sempre precisamos estar atentos”, explica a dona de Fred.
Com os olhos brilhantes, o cão demonstra o amor e dedicação que tem recebido. Mesmo estando impossibilitado de andar, sem o auxílio da cadeira, Fred ainda se mostra atento e não dispensa um latido de proteção.
Com o passar do tempo, os vizinho e moradores do bairro já se acostumaram com a presença ilustre do Cãodeirante nogueirense. “Quando estamos passeando com ele na cadeira de roda, muitas pessoas olham surpresas, perguntam, falam conosco”, conta a família.
Com muito carinho, Fred anda e corre pelas ruas, esbanjando sua determinação e vontade de viver. “A cada momento que ajudo o Fred recebo o dobro em amor. Vale a pena”, comenta Nilceia.
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