20/10/2012

EMEF Profº Amaro Rodrigues apresenta projeto em congresso

Evento acontecerá em Águas de Lindóia

Quézia Amorim

A EMEF Vereador Professor Amaro Rodrigues, de Artur Nogueira, apresentará o projeto “Educação Inclusiva: a busca pela qualidade e permanência do aluno surdo no ensino regular” no sábado (27), às 16h30, em um congresso de Águas de Lindóia, interior de São Paulo.

O município de Artur Nogueira implantou como política pública municipal o pólo de atendimento de alunos com deficiência auditiva. O projeto é realizado na EMEF Ver. Prof. Amaro Rodrigues, onde há maior concentração de alunos da rede municipal com deficiência auditiva e as aulas são ministradas com professor e intérprete.

A partir do trabalho realizado pela escola, entre interlocutoras, professoras e grupo gestor, foi possível perceber a evolução na aprendizagem, visto que o projeto facilitou o conhecimento e a compreensão sobre a língua escrita, e também a contextualização do aprendizado efetivo dos alunos.

“Isso mostra que é um projeto inovador, que foi implantado com sucesso no município. É um projeto modelo para a região. Se formos pesquisar na região toda, de todas as cidades da região, nenhuma outra cidade apresenta este tipo de trabalho. A receptividade é muito grande. Faz uma grande diferença até na comunidade escolar. A gente percebe que as pessoas que não são surdas também aprendem a língua de sinais e ensinam para os pais. Isso envolveu a comunidade”, afirma a Diretora geral de educação especial de Artur Nogueira, Fernanda Coca.

O projeto

A inserção da referida política pública teve como objetivo fundamental reconhecer a LIBRAS como língua própria do surdo e utilizá-la no contexto escolar, propiciando o aprendizado e a aquisição de novos conceitos pelo aluno surdo. Por isso, fez-se necessária a adaptação curricular e estrutural das aulas para que todos tivessem a oportunidade de aprender a partir da sua língua mãe, consolidando ainda mais, sua identidade surda.

Esta implantação baseia-se no cumprimento às leis nº 10.436, de 24/4/2002, lei e Lei nº 10.098, de 19/12/2002 e decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, instituídas e regulamentadas no Brasil a partir de 2002. Tais leis determinam o uso da Língua Brasileira de Sinais como Língua Oficial da comunidade surda.

Como resultados do trabalho, verificou-se que toda a equipe escolar aprendeu LIBRAS, possibilitando maior socialização e participação do aluno surdo no grupo. Houve motivação da equipe docente que iniciou curso de aprimoramento em Libras e Educação Especial.


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