Henrique Teles assume Presidência da Câmara e promete inovações e transparência
Parlamentar ainda fez um balanço sobre seu primeiro mandato

Henrique Teles está no segundo mandato como vereador.
Wagner Luan
O vereador Henrique Teles (MDB), que conquistou o segundo mandato após várias idas e vindas da Justiça Eleitoral, foi eleito, em 1º de janeiro, o novo presidente da Câmara de Artur Nogueira e vai comandar o Legislativo nogueirense no biênio 2025/2026. Como presidente, o parlamentar será responsável por definir a pauta dos trabalhos e os projetos que serão votados.
Em entrevista ao Portal ON/Artur Nogueira, Henrique falou sobre o processo eleitoral, que classificou como turbulento, disse que seu primeiro mandato foi um aprendizado e afirmou que pretende modernizar e dar mais transparência aos trabalhos dos vereadores. Ele ainda destacou que irá trabalhar para aproximar a população da Casa de Leis e pregou a união entre os poderes.
Henrique foi eleito vereador na primeira lista divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda no dia 6 de outubro, mas, dias depois, uma recontagem de votos fez com que ele perdesse a cadeira para o colega Zé Pedro Paes (PSD). Logo em seguida, uma nova decisão judicial indeferiu as candidaturas dos vereadores eleitos pelo Podemos, o que fez com que Teles voltasse a figurar entre os eleitos. “Foi uma fase um pouco complicada, eu costumo dizer. Foi um processo que confundiu tanto a cabeça da população que eles não entendiam o que estava acontecendo. E até a minha cabeça também ficou um pouco confusa, que nem eu entendi direito. Então, foi um ano em que aprendi muito, mas também foi muito complicado. Uma eleição que acho que nunca houve em Artur Nogueira. Foi uma eleição bem turbulenta, uma experiência que levarei para o resto da vida. Eu acho que, se hoje estou aqui na Câmara Municipal, foi porque foi vontade de Deus”, afirmou o vereador.

“Eu acho que, se hoje estou aqui na Câmara Municipal, foi porque foi vontade de Deus”, afirmou o vereador.
Balanço do 1º mandato.
Para ele, o seu primeiro mandato como legislador foi um aprendizado. “Sei que ainda tenho muito a aprender, mas foram quatro anos em que aprendi muito aqui na Câmara Municipal, com a população e com os secretariados da Prefeitura.” Às vezes, a gente entra com a mentalidade de que vai chegar lá e fazer tudo, mudar tudo, mas infelizmente não é assim que funciona”, desabafou.
Ainda sobre o tema, ele afirma que o sistema e a burocracia acabaram impedindo que realizasse mais ações. “Acho que poderíamos ter feito muito mais, só que infelizmente o sistema acaba nos travando em algumas coisas. Tudo o que precisamos fazer, existe uma burocracia de licitação, uma burocracia de verba, mas tive muito apoio, e acredito que a maioria dos vereadores também teve o apoio do executivo”, frisou.
“A gente tem um problema na cidade, que é a falta de água. Durante os quatro anos, eu queria ter resolvido esse problema da falta de água junto com os outros vereadores e o executivo, mas lutamos e, infelizmente, a burocracia travou e não conseguimos resolver. No entanto, temos o compromisso de resolver esse problema neste nosso mandato”, prometeu.
Eleito presidente da Câmara.
Neste novo mandato, Henrique vai liderar os trabalhos legislativos pelos próximos dois anos. Ele foi eleito por unanimidade. Inicialmente, estava cotado para ser vice-presidente, mas as mudanças ocorridas no processo eleitoral o fizeram repensar e buscar algo maior. “Depois que tudo isso aconteceu, mudei meu jeito de pensar. Foi um susto para todos, e muita gente me apoiou, pois achavam que era a hora de uma oportunidade para o novo. Talvez eu não estivesse preparado para isso, mas tenho certeza de que Deus, às vezes, não escolhe os preparados, Ele capacita os escolhidos”, comentou.

Henrique Teles ao lado da nova Mesa Diretora
Nesse sentido, ele pretende trabalhar com inovação. “Tenho uma mente muito aberta. Quero escutar mais os vereadores, entender mais as dificuldades da Câmara e dar uma renovada aos poucos no sistema que funciona aqui. Acho que precisamos nos atualizar junto com o mundo e promover a união entre Executivo e Legislativo”, disse.
Uma das novidades que ele planeja implantar é uma reunião mensal com os secretários municipais. “O munícipe procura primeiro a Câmara Municipal, ele procura o vereador que o representa. A população tem que cobrar dos vereadores eleitos, e os vereadores devem cobrar da secretaria, que, por sua vez, tem que passar aos vereadores o que está acontecendo. Então, um dos meus projetos como vereador é realizar essas reuniões mensais de Legislativo e Executivo, trazendo os secretários a cada 30 dias para um bate-papo, entender o que está acontecendo e o que cada secretaria precisa”, explicou.
Aproximação da comunidade
O novo presidente disse que, apesar de a população estar desacreditada, é necessário que ela acompanhe o trabalho dos vereadores e cobre. “Infelizmente, acho que no Brasil todo, hoje, a população está desacreditada dos políticos. Mas isso não pode acontecer. A população tem que cobrar mais dos seus eleitos para que as coisas aconteçam.”

“Queremos inovar um pouco mais na forma de levar informação”, diz vereador
Para aproximar o Legislativo da comunidade, ele pretende investir na comunicação digital. “Queremos inovar um pouco mais na forma de levar informação. Queremos instalar as redes sociais da Câmara Municipal para que a informação chegue ao munícipe. As pessoas acessam mais via Instagram, Facebook, YouTube, Twitter. É muito importante a participação da população no que acontece aqui na Casa, no que acontece na Câmara Municipal. Porque tudo o que passa por aqui deve ser para benefício da população. Então, a população precisa cobrar”, destacou.
Questionado sobre as críticas de que o Legislativo não fiscaliza os atos do Executivo, ele disse que cabe à Câmara mostrar e à população cobrar. “A população costuma dizer que os vereadores não cobram. Quantas indicações fizemos nesta Casa durante o mandato passado solicitando que a secretaria atenda o que a população pede? Mas muitas vezes isso não chega à população. A população acha que trabalhar em união é só não fiscalizar e deixar tudo acontecer. Mas não, a gente cobra”, garantiu.
Por fim, ele deixou um recado à população: “A população pode esperar uma legislatura justa, com mente aberta para discutir tudo o que se passa nesta Casa. A Câmara estará aberta para receber toda a população, mudar o que for preciso, melhorar o que for necessário e cobrar quando for preciso do Executivo.”
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