Nogueirense participa de 1ª corrida após cirurgia cardíaca de emergência
Carlos Camillo estava treinando desde dezembro e participou da Corrida Anima Artur
Wagner Luan
O último domingo (23) foi mais que especial e vai ficar marcado para sempre na vida do morador de Artur Nogueira, Carlos Camillo. Após passar por uma cirurgia cardíaca de emergência e ficar internado na UTI, ele conseguiu se recuperar e voltou a competir em uma corrida de rua, escolhendo a Corrida Anima Artur para marcar seu retorno às provas.
Carlos contou que, após se recuperar da cirurgia, ficou 15 meses sem participar de competições e que, em dezembro de 2024, começou a treinar visando o retorno às competições. “Eu treinava e escolhi a Corrida Anima Artur por ser aqui na nossa cidade, tinha que ser especial essa volta”, disse ele.
O atleta revelou que esperava ter mais dificuldades. “Fui bem tranquilo, sem forçar muito, respeitando o retorno e, mesmo assim, fiz um tempo bom. Esperava que fosse pior, mas foi uma alegria muito grande, estou muito feliz. Graças a Deus, foi bem tranquilo.” A esposa de Camillo o acompanhou o tempo todo da competição.
Os primeiros sinais
Camillo, morador do Jardim do Lago, conta que os primeiros sinais de que algo não estava normal surgiram em 2022, durante uma prova de atletismo. “Sempre fiz atividades físicas intensas: corrida de rua, spinning, body pump e musculação. Estava acostumado à fadiga, mas, correndo a São Silvestre de 2022, nos últimos 5 km senti uma ligeira indisposição. Foi um alerta”, relata.
Ele enfatiza que sempre realizou exames médicos regulares e que os resultados indicavam excelentes condições cardiorrespiratórias.
A piora dos sintomas
No entanto, segundo Camillo, os sintomas começaram a piorar no início de 2023. “Entre janeiro e agosto, a fadiga e a indisposição estomacal evoluíram gradativamente. Comecei a tratar refluxo, mas sentia que era algo mais sério. Após passar por vários eletrocardiogramas no pronto-socorro, sem resultados conclusivos, solicitei ao Dr. Lobão, um anjo na minha trajetória, um teste ergométrico para esclarecer a situação. Como ele não podia realizar o exame pelo SUS, decidi fazê-lo de forma particular, em Campinas. O resultado foi alarmante: obstrução grave no coração.”
O susto e a cirurgia
Com o resultado em mãos, Camillo retornou ao médico, que agendou um cateterismo para o dia 21 de novembro. “Durante o exame, veio a notícia: cinco artérias obstruídas, com bloqueios de 98%, 90%, 80% nas três principais e entre 40% e 60% em outras duas. Fui direto para a UTI, onde fiquei por nove dias, passando por exames e enfrentando um período difícil. Você acredita que a morte é quase certa, mas recorre à fé, que, mesmo enfraquecida no início, é fortalecida com o tempo.”
Durante sua internação no Hospital Regional de Jundiaí, Camillo passou por inúmeros exames e tratamentos até estar apto para a cirurgia. “A equipe do hospital foi incrível, verdadeiros anjos. A cirurgia foi um sucesso. Mesmo com cinco pontes [arteriais], minha recuperação foi surpreendente. Já estava caminhando na UTI no dia seguinte à operação.”
A importância da atividade física
Para Camillo, o hábito de praticar atividades físicas foi crucial para sua recuperação. “O esporte foi fundamental para que tudo acontecesse de forma rápida e eficiente. Apesar de toda a dor e dificuldade, acredito que a atividade física feita de forma orientada e responsável pode ser um divisor de águas na saúde.”
Ele reflete sobre a mudança de perspectiva após o susto: “Na UTI, percebi que a vida é frágil. Passei a valorizar mais as pequenas coisas, a família e a rotina. Alimentação regrada e exercício físico são importantes, mas a vida pode nos surpreender.”
Apoio da família, amigos e fé
Camillo destacou a importância do suporte que recebeu. “Minha esposa foi meu maior pilar, dedicando-se completamente. Minha gratidão também vai para meus amigos, filhas e netas, que fortaleciam meu ânimo a cada visita. Pessoas como a Andrea [Capato], da Academia Corpo In Forma, e o Mário Henrique, meu personal trainer, também foram essenciais.”
Ele ainda ressalta a fé como um elemento central em sua recuperação. “Acreditei em Deus, nos profissionais que me trataram e nos amigos que surgiram de várias formas. Recebi muito apoio, algo que nunca poderei retribuir completamente.”
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