03/04/2013

“Nossa mãe morreu e não sabemos a causa”, afirmam filhas

Dona de casa morreu no domingo no Pronto-Socorro Municipal

Dona de casa morreu no domingo no Pronto-Socorro Municipal

Paulo Holdorf / Alex Bússulo

Uma mulher de 51 anos de idade morreu na tarde do último domingo (31) por volta das 14 horas. Segundo a família, Maria de Lourdes Chuina Mendes foi vítima de negligência médica.

A dona de casa teve febre e dor de cabeça no sábado (30) e foi levada para o Pronto-Socorro (PS) Municipal de Artur Nogueira, onde recebeu atendimento e voltou para casa com a saúde estabilizada. No dia seguinte, Maria voltou a passar mal e novamente foi levada ao PS, onde foi atendida, mas faleceu horas depois.

Segundo a filha, Patrícia Chuina Mendes, as negligências vão desde a hora em que a ambulância foi acionada até os procedimentos antes do falecimento. “Minha mãe voltou a passar mal por volta das 9h30 de domingo. Chamamos a ambulância e esperamos de 20 a 30 minutos. Como a ambulância não chegava, nós mesmos colocamos ela no carro e a levamos. Chegando ao PS, a colocaram na maca e a levaram para realizar os procedimentos. A partir daí não nos deixaram mais entrar na sala de emergência”, afirma Patrícia.

Outra filha, Michele Mendes, também acompanhou a mãe no Pronto-Socorro. “Os médicos disseram que estavam realizando alguns procedimentos com ela. Falaram que minha mãe estava com diabetes, mas como uma pessoa dorme um dia sem diabetes e no dia seguinte acorda com a doença? Depois disseram que era intoxicação alimentar ou intoxicação por remédios. Após a morte chegaram a afirmar que o motivo era dengue hemorrágica”, afirma Michele.

Patrícia relata que durante o velório foi informada de que a mãe não havia morrido de dengue hemorrágica. “No domingo, na hora do velório dois homens nos procuraram alegando que o resultado do exame de dengue havia dado negativo e disseram que minha mãe nunca teve dengue. Então recomendaram uma autópsia, mas momentos depois recebemos a informação de que não poderia mais, pois a funerária já havia mexido no corpo e não havia mais o que ser feito. Ela foi sepultada e não sabemos a causa da morte”, relata Patrícia.

O genro de Maria, Tiago Galvão da Silva, está indignado com a maneira como a sogra morreu. “Acompanhei todo o acontecido. Inclusive ajudei a levar minha sogra ao Pronto-Socorro. Eu me sinto transtornado, porque temos hoje profissionais despreparados”, diz Tiago.

A equipe de Jornalismo do Portal Nogueirense entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e aguarda posicionamento.

Maria


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