O português e as mangas de Artur Nogueira
Encontramos o senhor Manoel apanhando mangas no centro de Artur Nogueira com um aparelho que ele mesmo montou
Sabe aquela história de que português não é muito inteligente e que o brasileiro sempre leva vantagem em tudo? Pois bem, esqueça isso. Pelo menos aqui em Artur Nogueira, a coisa é bem diferente.
Enquanto os moradores do “Berço da Amizade” se desesperam para conseguir uma manga na plantação no centro da cidade, um português dá um show em criatividade.
O senhor Manoel Moreira, de 66 anos, montou um equipamento para facilitar o apanho da fruta. Enquanto nós, os “espertos”, ficamos atirando pedras, cutucando com varas, estragando tanto a fruta quanto a árvore, o português apanha quantas mangas quiser com o mais simples dos esforços.
Usando um cano de aço inox, usado frequentemente como suporte de antena de televisão e uma pequena cesta, Moreira criou um “Pega-manga” de seis metros. “Lá em Portugal não tem manga por causa do frio que faz, aqui o pessoal desperdiça esta maravilha”, conta o português que adora a fruta.
Moreira tem uma história bonita. Nascido na cidade de Arouca, ficou dois anos em uma guerra em Guiné Bissau, viajou e morou na Suíça e, por causa de uma doença na coluna veio para o Brasil se tratar. Há seis anos casou-se com uma nogueirense com quem vive nos dias de hoje saboreando a fruta que tanto gosta.
Ah, como temos um compromisso com a verdade, não poderíamos deixar de contar que o senhor Manoel nos “presenteou” com duas das mangas que apanhou. Valeu pela criatividade e pela generosidade, português!
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