28/07/2013

OPINIÃO: O que vi da Jornada Mundial da Juventude

Jovem de Artur Nogueira conta como foi participar da JMJ no Rio de Janeiro

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Por Francisco Gardel

O Rio de Janeiro, durante essa semana, se transformou na cidade da fé. Os jovens, do mundo inteiro, contagiaram a terra carioca. A cada lado era possível observar pessoas rezando, cantando, dançando, enfim, todos professando uma só fé em Jesus. Foi uma das experiências que jamais sairá da memória.

Aquela multidão, que ao longo da semana foi tomando conta das ruas do Rio, me surpreendeu. Tínhamos que andar de trem e metrô todos os dias.  Irritava? Confesso que sim! Mas foi marcante, pois todo transporte que pegávamos tinha um grupo de jovens estrangeiros passando pela mesma experiência de oração com cantos.

Era questão de segundos, para todos se juntarem e começarem a criar laços de amizade. Cada um se esforçando para entender e falar português.

Havia brasileiros também? Muitos! De todos os estados do país. Era a mesma festa, juntava um grupo ali e um grupo aqui e todos começavam a cantar, rezar e dá muitas gargalhadas. Não havia lugar para isso acontecer, qualquer lugar foi bom.

No fim da noite, já era possível perceber o quanto é cansativo. O dia era corrido, mal dava tempo de parar por um segundo e descansar. A cada esquina a vontade de registrar tudo era enorme. Depois da Jornada, dá pra fazer um álbum enorme de fotos com pessoas de outros países. Era muita foto, muita lembrança que trocávamos. A mímica nesse momento foi à salvação com esses jovens estrangeiros.

Na quinta-feira, o tão esperado encontro com o papa Francisco movimentou a cidade inteira. O bairro de Copacabana foi invadido por milhões de jovens e bandeiras de diversos países. O papa passou por nós.  Copacabana gritava, aplaudia o santo padre. É impressionante ver o quanto Francisco é simpático e querido por essa juventude.

Chegou um momento em que passamos por dois túneis, foi aí que a emoção tomou conta. Aquela juventude, eufórica por Cristo, gritava “Essa é, a juventude do papa”, “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”.  Mesmo os estrangeiros, sem entender, não mediam esforços para entrar na “onda” dos brasileiros e juntos cantar e rezar.

Os atos centrais foram importantes, mas o contato pessoal e o gostinho de “quero mais” são indescritíveis.  Ser cristão, nessa jornada, foi passar pela experiência do desconhecido e ao mesmo tempo da ousadia. Porque, pelo menos para mim, ser cristão é ser ousado no sentido de chegar junto e criar, daquela situação, uma unidade em Cristo.

Mas como fazer isso? Não há receita. Basta sermos nós mesmos, porque o coração do cristão precisa ser alegre e fervoroso. Pois, segundo o Papa, quando botamos fé, a vida tem mais sabor. E é desse sabor que precisamos levar para o mundo experimentar. E garanto para você que esse sabor é viciante.

Bom, essa Jornada vai deixar saudades. Valeu muito apena. E arrisco dizer que, para mim, a Jornada só foi válida graças à troca de experiências que tive com jovens estrangeiros nas esquinas do Rio de Janeiro. Ali, o contato era pessoal e verdadeiro. Percebíamos o quanto eles ficam felizes e querem conhecer, bem de perto, o jeitinho brasileiro. Conversamos, rezamos, sambamos e cantamos de tudo.

Para finalizar, eu desejo que esses jovens, que tiveram esse encontro mágico com Deus, possam semear os frutos da JMJ no coração desse mundo carente de paz. Que possamos viver a verdadeira Jornada Mundial da Juventude em nossas paróquias, em nossas comunidades, em nossas famílias e principalmente em nossas vidas, sendo discípulos e missionários em todas as nações. Afinal, a JMJ é para ser vivida todos os dias.

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Francisco Gardel
Francisco Gardel
é morador de Artur Nogueira e foi um dos 38 nogueirenses que participaram da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que aconteceu nesta semana na cidade do Rio de Janeiro e contou com a participação do Papa Francisco.

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