Conheça os retratistas que estão fazendo as caras da cidade
Reportagem: Quézia Amorim Para ganhar a vida fazendo arte não é fácil, além de ter talento tem que ter paixão pelo trabalho, que muitas vezes não é recompensador. Em Artur Nogueira dois homens, cada um com seu perfil próprio, enfrentam essa realidade e vem mostrando a cada dia o potencial e qualidade que tem. Felipe […]
Reportagem: Quézia Amorim
Para ganhar a vida fazendo arte não é fácil, além de ter talento tem que ter paixão pelo trabalho, que muitas vezes não é recompensador. Em Artur Nogueira dois homens, cada um com seu perfil próprio, enfrentam essa realidade e vem mostrando a cada dia o potencial e qualidade que tem.
Felipe Roque, de 20 anos, natural de Artur Nogueira, mora no bairro Sacilotto com seus pais e irmã. Descobriu seu dom para o desenho aos dez anos de idade, mas foi aos 12 anos, em 2003, que fez seu primeiro desenho realista. O artista diz que seus desenhos não eram dos melhores, mas recebeu incentivo e se manteve focado, até seus desenhos serem aperfeiçoados. Há uns cinco anos Felipe criou um blog, e por lá as pessoas pedem suas encomendas de desenhos.
Roque cursa web design e, segundo ele, além de aprimorar a arte do desenho, é um dos cursos mais indicados para quem pretende seguir carreira, a qual é a vontade de Felipe. O artista já trabalhou por dois anos e meio como vendedor em uma loja de tintas, mas saiu e resolveu que iria se dedicar aos desenhos.
O artista diz que sua inspiração para fazer os desenhos vem de seu hobby, que é jogar videogame e assistir filmes. “Gosto de passar alegria para as pessoas através dos meus desenhos, procuro mostrar o que as pessoas possam reconhecer, por isso desenho os personagens dos filmes”, afirma.
Roque ainda diz que viver de arte não tão é simples. “Quando o assunto é arte as pessoas são bastante curiosas, quase ninguém se interessa pela arte de fato, viver aqui disso é difícil, por não fazer parte da Cultura da cidade”, conclui Felipe.
Outra pessoa que esbanja talento por onde passa é o artista Tomás de Aquino.
Natural de Jundiaí, com arte e humor no sangue, trabalhava em uma firma de São Paulo, quando em 1998 veio para Artur Nogueira a convite de uma pequena metalúrgica para chefiar o departamento de arte-final e acabamento técnico. Trabalhou pouco tempo nisso e montou a “Criarte” uma escola de pintura e desenho.
Formado pelo Unasp, começou com 52 anos sua graduação e concluiu aos 56 anos, hoje é violonista com licenciatura plena em Música e Educação Artística. Atualmente está fazendo pós-graduação.
O artista, que nunca trabalhou sem estar envolvido com arte, começou sua trajetória ainda na infância, quando aprendeu a desenhar rótulos de garrafa, depois no quartel, desenhava alvos e mapas e ilustrava as palestras dos generais. Trabalhou e aprendeu segredos da paciência oriental numa multinacional japonesa, desenhando tecidos. Do têxtil passou para o ramo da arte mecânica, aonde veio a formar-se pela Protec.
“Artur Nogueira é uma cidade de artistas, fazer arte aqui é uma tarefa agradável, coisa rara em cidade pequena. Sempre fui bem recebido e com todo orgulho declaro que amo nossa querida cidade, a minha recompensa provém da satisfação que isso me traz e pela divulgação do meu trabalho”, afirma o artista.
Até o próximo dia dez de novembro, as obras de Aquino estarão sendo exibida em uma exposição na Réplica da Estação Ferroviária, no centro de Artur Nogueira.
O trabalho mostra várias pessoas conhecidas na cidade, que ficarão imortalizadas pelo dom do artista.
A exposição acontece das 8h às 20h. Os visitantes concorrem a um retrato de si ou de alguém especial, feito pelas mãos de Aquino. A entrada é franca.
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